segunda-feira, 11 de novembro de 2019

A Majestade de Deus e a Unidade das Religiões

A Majestade de Deus e a Unidade das Religiões

Luis Henrique Beust
agosto 2014



Um amigo nosso, já falecido, Sr. Ali Akbar Furútan, contou certa vez um acontecimento de sua vida que muito me marcou. Ele estudou psicologia em Moscou, no tempo da Cortina de Ferro da ex-União Soviética. Falar de Deus, ou de religião, era absolutamente proibido, com severas penalidades. Agentes do governo se misturavam aos estudantes e os provocavam, induzindo conversas comprometedoras, que acabavam penalizando os menos cuidadosos.

De qualquer maneira, o Sr. Furútan conta que, um dia, um colega dele lhe disse: “Furútan, por que tu és diferente?” Ele reagiu, surpreso, dizendo; “Eu? Eu não sou diferente!” O colega insistiu, dizendo: “Sim, sim. Tu és diferente, sim senhor.” O Sr. Furútan então respondeu: “Tu achas mesmo? Talvez seja porque eu sou iraniano...” Ao que o colega reagiu: “Não, não. Não é por isso não. Há muitos outros iranianos estudando aqui, mas tu és diferente deles também!”

O Sr. Furútan sentia-se encurralado pelo inquérito do colega, receoso que ele fosse um dos agentes infiltrados que estivesse querendo atraí-lo para uma conversa sobre religião, sabendo que ele era bahá’í. Então disse ao amigo: “Bom, talvez seja por causa dos meus princípios...” Ao que o colega reagiu enfaticamente: “Ah, não! Não vais me dizer que tu acreditas em Deus!?!” O Sr. Furútan, sereno, diz a ele: “Deixa eu te perguntar: tu acreditas em Deus?” O amigo, ainda com ênfase, responde: “Eu? Claro que não! Não posso acreditar numa coisa que alguns homens inventaram para dominar e rebaixar os outros.”

O Sr. Furútan olhou para o colega com compreensão e amizade e respondeu: “Eu também não acredito, no Deus que tu não acreditas...”

Considero este diálogo uma das mais belas e reveladoras percepções sobre a natureza de Deus. Em geral, o deus do qual nos fala a maioria das pessoas, inclusive sacerdotes, é tão pequeno, tão falho, tão limitado, tão patético, tão incongruente que seria uma grande ingenuidade acreditar nele. Nestas imagens limitadas de Deus, Ele se mostra como um velhinho que mora em cima das nuvens, sentado eternamente num trono.

Esta figuração reducionista de Deus acompanha o cristianismo no Ocidente há dois mil anos. Por incrível que pareça, isso se deve, em muito, à influência das artes, principalmente a pintura. No judaísmo e no islamismo não é permitida a representação pictórica de Deus e dos profetas. Essa proibição nunca foi implementada no cristianismo, de modo que desde muito cedo os artistas cristãos se dedicaram a representar os grandes temas bíblicos em suas obras de arte.

E o que aconteceu? Quando um artista tratava de representar um trecho das Escrituras, como, por exemplo, a criação de Adão por Deus (Gênesis), ou o Juízo Final, quando Jesus julga todos os que estão nos céus e todos os que estão na terra (Apocalipse), ele colocava na pintura (ou no mosaico, ou escultura), uma imagem na forma de um homem (geralmente velho, geralmente forte), para representar acontecimentos que eram eminentemente espirituais. Os relatos espirituais da Bíblia eram transformados em imagens materiais. Na tentativa de ilustrar os relatos bíblicos, os artistas acabaram por subverter tais relatos, apresentando Deus como um ser humano poderoso; não obstante, um ser humano!

Durante praticamente dois mil anos, as populações eram analfabetas e não conseguiam ler o texto da Bíblia, de tal forma que, para eles, a realidade do que havia acontecido era a fantasia visual criada pelos artistas. O texto bíblico foi ilustrado pelas mãos dos artistas, e esta ilustração assumiu, para a grande maioria do povo, ares de realidade, o que, é claro, não ocorria.

Nas mãos dos artistas cristãos, ao longo de dois mil anos, as verdades espirituais, inclusive Deus, foram diminuídas, apequenadas, e apresentadas na forma de fantasias artísticas. No Antigo Testamento Deus proíbe a adoração de imagens (Êxodo 20:4-5), e no Novo Testamentos temos também passagens que apontam como é inadequado criar-se qualquer imagem de Deus. O Evangelho diz:
Ninguém jamais viu a Deus.  (João 1:18)
E Jesus afirma:
Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.              (João 4:24)
Apesar destas afirmações tão claras, o fato é que, por causa das figurações artísticas, Deus passou a ser adorado não em Espírito, mas em imagem, e os retratos de Deus em cada obra de arte desmentiam o Evangelho, pois evidenciava que o artista, sim, tinha visto a Deus, tanto que O retratava nas mais diversas situações, sempre com a forma humana. O processo pelo qual as artes apequenaram Deus pode ser apresentado pelo seguinte esquema:



Tudo começa com 1) o texto da Bíblia que menciona Deus; depois temos 2) a representação artística do texto, representando Deus; então chegamos 3) à sanção religiosa da obra de arte, sem a qual ela não teria valor de convencimento; no momento em que Deus e os temas sagrados são representados visualmente 4) as simbologias desaparecem e a imagem se torna uma “realidade inexistente”; tais imagens tomam o lugar de conceitos abstratos e 5) se impõem à consciência e à inconsciência das massas; finalmente, o texto com seus temas sagrados, espirituais e infinitos 6) assume um caráter materialista e finito.

Quando chega o século XX, principalmente, estas imagens reducionistas e antropomórficas de Deus começam a ser desconstruídas pela ciência e pela filosofia. Quando Nietzsche diz que “Deus está morto”, ou Yuri Gagarin, no espaço sideral, diz que “Olhei para todos os lados, mas não vi Deus”, eles estão, em pleno século XX, referindo-se ainda àquele pastiche de Deus quer foi apresentado ao mundo pelas artes. Eles falam de Deus como de um ser concreto, com um corpo antropomórfico, com qualidades e limitações humanas. Um deus criado à imagem e semelhança do homem.

Com os conhecimentos que a ciência acumulou ao longo do século XX, precisamos evoluir também em nosso conhecimento de Deus. Precisamos abandonar a imagem medieval de Deus como uma forma de ser humano mais forte e mais poderoso, não obstante, limitado e falho (se tomado ao pé da letra, o Gênesis apresenta Deus como um ser ignorante e falho, não sabendo onde Adão e Eva se haviam escondido, e andando no Jardim do Éden com sandálias).

É preciso entender-se que o Deus de todas as religiões é um Deus infinito, puro Espírito, absoluta Sabedoria, Onisciente, Onipotente e Possuidor de todos os bons nomes e atributos num grau absoluto, infindável, infinito e ininteligível. Na verdade, a única via a Deus é a Via Negativa, ou seja: tudo o que dissermos que Deus é, Ele não é. Pois Ele está muito além de qualquer compreensão ou descrição por parte de Suas criaturas.

Albert Einstein, que foi não apenas um dos maiores cientistas que o mundo já teve, mas também um homem de espiritualidade notável, escreveu certa vez:
Investigue e penetre, com nossos meios limitados, os segredos da natureza e perceberás que, por trás das concatenações discerníveis, resta algo sutil, inatingível e inexplicável. Minha religião é a veneração desta força mais além de tudo que podemos compreender. (JAMMER 1999, p. 39-40. A tradução e a ênfase são nossas)
Certamente, esta descrição de Deus, como uma força inimaginável, está muito mais próxima da realidade divina do que a majestosa pintura de Michelangelo no teto da Capela Cistina.

Einstein também escreveu:
Minha religiosidade consiste numa humilde admiração ante o espírito infinitamente superior que se manifesta naquele pouco que podemos compreender do mundo que pode ser conhecido. Aquela convicção profundamente emocional da presença de um poder racional superior, o qual se revela no universo incompreensível, forma minha ideia de Deus.  (CALAPRICE 2005, p. 195-96. tradução e a ênfase são nossas.)
Alguns dizem que Einstein não acreditava em Deus. Tolice. Ele não acreditava no deus que o Sr. Furútan também não acreditava, no deus que não nos cabe acreditar. Mas no “espírito infinitamente superior”, aquela “força mais além daquilo que podemos compreender”, nesse Deus infinito e majestoso, transcendente e misterioso, neste Einstein plenamente acreditava, como confirmam suas palavras. Ele também escreveu o seguinte:
Qualquer um que esteja seriamente envolvido na investigação científica há de se convencer que um espírito se manifesta nas leis do universo — um espírito vastamente superior ao do homem, e diante do qual nós, com nossos modestos poderes, nos devemos sentir humildes.  (DUKAS, 1981, p. 33. tradução e a ênfase são nossas.)
Os textos sagrados das grandes religiões mundiais sempre apresentaram Deus como um Ser absolutamente além da compreensão humana, absolutamente transcendente. Um Ser infinito, Todo-Poderoso, Onisciente, Todo-Amoroso, Absoluta Sabedoria. É por isso que a humanidade necessita dos profetas, que são os intermediários entre Deus e os seres humanos.

Podemos comparar Deus com o Sol. Apesar de dar vida à Terra, o Sol é poderoso demais para entrar em contato direto com a vida que ele cria. O Sol e a vida na Terra são incompatíveis. Esta palavra é muito importante para compreendermos a relação entre o Sol e a vida na Terra: incompatibilidade. Ou seja, algo que não pode coexistir com outra coisa; coisas inconciliáveis, incombináveis.

Assim, embora digamos que o Sol dá vida à Terra, na verdade, quem concede a vida à Terra não é o Sol, são os raios do Sol. Eles, claro, são o Sol, mas são o Sol numa medida que a Terra pode suportar. Os raios do Sol são compatíveis com a vida na Terra, o Sol em si mesmo, não.

Da mesma forma, Deus é incompreensível e inatingível: é incompatível com a realidade humana. Está além de qualquer possibilidade de entendimento, descrição e acesso. Deus é incompatível com a realidade humana, assim como o Sol é incompatível com a vida na Terra. Porém, da mesma forma que o Sol chega à Terra através de seus raios, Deus chega aos homens através de Seus Profetas. Os raios do Sol são o único meio de contato entre o Sol e a Terra, e os Profetas são os únicos meios de contato entre o homem e Deus.

Por isso Jesus disse:
[...] ninguém vai ao pai, senão por mim.  (João 14:6)
E Bahá’u’lláh escreveu:
Jamais houve em Minh'alma outra coisa senão a Verdade, e em Mim mesmo nada se viu a não ser Deus. (Apud. Shoghi Effendi. A Dispensação de Bahá’u’lláh, p. 23)
Todos os profetas, de todas as religiões, sempre afirmaram ser o caminho exclusivo para Deus. Eles são como os raios do Sol, pois o Sol mesmo é inatingível.

Muito do ateísmo e da dúvida sobre Deus surge por causa da imagem pequenina que se fez do Criador. É tempo de a humanidade ter certeza de que Aquele que é a Origem de todas as origens é um Ser além de qualquer compreensão, qualquer descrição e qualquer acesso. O Indizível, o Inescrutável, o Mistério dos Mistérios, o Manifesto dos Manifestos, o Oculto dos Ocultos. O resto é silêncio...

Na compilação abaixo apresentada, procurei recolher joias das escrituras sagradas da humanidade que atestam esta transcendência d’Aquele que é a Essência das Essências, o Incognoscível, o Sempiterno, para que possamos, talvez, sair dos estreitos limites das noções apequenadas que tornam a ideia de Deus tão desprezível para aqueles que refletem sobre as coisas do espírito.
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(1) 
Jammer, Max. Einstein and Religion. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1999. p. 39-40. A tradução e a ênfase são nossas.
(2) Calaprice, Alice. The New Quotable Einstein. Princeton, N.J.: Princeton University Press, 2005. p. 195-96. A tradução e a ênfase são nossas.
(3) Dukas, H., and Hoffman, B. Albert Einstein — The Human Side. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1981. p. 33. A tradução e a ênfase são nossas.












A Majestade de Deus e a Unidade das Religiões
Textos das Escrituras Sagradas da Humanidade



Hinduísmo (Krishna. Há 5.000 anos, Índia)

Deus(1) é Único, sem um segundo a Ele.  (Chandogya Upanishad 6:2:1)
Não há semelhante a Ele.   (Svetasvatara Upanishad 4:19)
Não há imagem de Deus.    (Yajurveda 32:3)
Sua forma não pode ser vista; ninguém O pode ver com os olhos.  (Svetasvatara Upanishad 4:19)
Verdadeiramente, grande é a glória do Criador Divino.  (Rigveda 5:1:81)
Ó amigos! Não adoreis a ninguém salvo a Ele, o Ser Divino. Apenas a Ele prestai louvores.                                                                                                                                            (Rigveda 8:1:1)


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(1) Brahman, em sânscrito.




Judaísmo (Moisés. Há 3.400 anos, Egito-Palestina)
Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.  (Deuteronômio, 6:4-5)                                            

Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.  (Êxodo, 3:14)
Deus, Aquele que está entronizado desde a antiguidade, O que não muda...  (Salmos, 55:19)
Antes que nascessem os montes, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade Tu és Deus.  (Salmos, 90:2)
Mas Tu és o mesmo, e os Teus anos não acabarão. (Salmos, 102:27)
Senhor, tu me sondas, e me conheces.
Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos.
Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.
 Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a Tua mão.


Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir.
Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua presença?
Se subir ao céu, Tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que Tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
ainda ali a Tua mão me guiará e a Tua destra me susterá.
Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda;
nem ainda as trevas são escuras para Ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para Ti a mesma coisa.

Pois Tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
Eu Te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as Tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. (Salmos 139:1-14)
[O Senhor] conta o número das estrelas, chamando-as a todas pelos seus nomes.
Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; não há limite ao seu entendimento. Salmos, 147:4-5.                          
Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não Se cansa nem Se fatiga? É inescrutável o Seu entendimento. (Isaías, 40:28)
Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno, ao seu furor estremece a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação. (Jeremias, 10:10)






Zoroastrismo (Zoroastro. Há 2.600 anos, Pérsia)

Eu sou O que sustenta; Eu sou o Criador e o Mantenedor; eu sou O que discerne; Eu sou o Mais Benéfico Espírito.

Meu nome é O que concede saúde; o Sacerdote; o Senhor Onisciente(2); o Santo; o Glorioso; O que tudo vê; o Protetor; O que deseja o bem; o Criador; o Produtor de Prosperidade; o Rei que reina como deseja; Aquele que não engana; Aquele que destrói a malícia; O que tudo conquista; O que tudo formou; o Todo Bem; o Pleno Bem; o Senhor do Bem; Aquele que pode conceder benefícios conforme desejar; o Benéfico; o Pleno de Energia; a Santidade; o Grande Ser; o Melhor dos Soberanos; o Sábio. (Khordah-Avesta. http://www.sacred-texts.com/zor/toz/toz04.htm#page_41)
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(2) Ahura (Senhor) Mazda (Onisciente), nome pelo qual os zoroastrianos chamam Deus.




Budismo (Buda. Há 2.500 anos, Nepal-Índia)

Existe um Ser que não foi gerado, que não teve origem, que não foi criado, que não foi formado. Se Ele não existisse, então não seria possível escapar do mundo que foi gerado, que teve origem, que foi criado, que foi formado. Mas como existe um Ser que não foi gerado, que não teve origem, que não foi criado, que não foi formado, por isso é possível escapar do mundo que foi gerado, que teve origem, que foi criado, que foi formado. (Satipatthãna Sutta. Apud Novak, p.75-6)





Cristianismo (Jesus Cristo, há 2.000 anos, Palestina)

Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. (Apocalipse 1:8)
Jesus, fixando neles o olhar, respondeu: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.  (Mateus, 19:26)
Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. (João, 4:24)
E esta é a mensagem que d’Ele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e n’Ele não há trevas nenhumas. (I João, 1:5)
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. (I João, 4:8)
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em Quem não há mudança nem sombra de variação. (Tiago, 1;17)






Islamismo (Muhammad. Há 1.400 anos, Arábia)
Dize: Ele é Deus(3), o Único! Deus! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!  (Alcorão, sura 112)
Os olhares não O podem perceber, mas Ele contempla todos os olhares, porque Ele é o Onisciente, o Sutilíssimo.  (Alcorão, sura 6:103)
Tudo quanto existe nos céus e na terra glorifica Deus, porque Ele é o Poderoso, o Prudentíssimo. Seu é o reino dos céus e da terra; dá a vida e dá a morte, e é Onipotente. Ele é o Primeiro e o Último; o Visível e o Invisível, e é Onisciente. (Alcorão, sura 57)




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(3) No original, claro, a palavra é Allah, um substantivo em árabe exclusivo para Deus, nem masculino nem feminino.




Fé Bahá’í (Bahá’u’lláh. Há 170 anos, Pérsia-Palestina)


Ele, verdadeiramente, por toda a eternidade, foi Um só em Sua essência, Um só em Seus atributos, Um só em Suas obras. Toda e qualquer comparação é aplicável somente às Suas criaturas; todos os conceitos de associação são conceitos que pertencem exclusivamente àqueles que O servem. Imensuravelmente exaltada é Sua Essência acima das descrições de Suas criaturas. Ele, só, ocupa o Assento de transcendente majestade, de glória suprema e inatingível. As aves dos corações humanos, por mais alto que voem, não podem esperar atingir jamais as alturas de Sua incognoscível Essência. Ele foi Quem chamou para a existência a criação inteira, Quem fez surgir, a Seu mando, cada coisa criada. Bahá’u’lláh. (http://info.bahai.org/portuguese/bahaullah-manifestation-of-god.html)
Exaltado, imensuravelmente exaltado és Tu acima de qualquer tentativa de medir a grandeza de Tua Causa, acima de qualquer comparação que se busque fazer, acima dos esforços da língua humana de expressar sua significação! Desde a eternidade tens existido, Tu somente, sem ninguém mais além de Ti, e haverás, por toda a eternidade, de permanecer o mesmo, na sublimidade de Tua essência e nas alturas inatingíveis de Tua glória. Bahá’u’lláh(http://info.bahai.org/portuguese/bahaullah-manifestation-of-god.html)
Elevado, imensuravelmente elevado, és Tu acima das tentativas do homem mortal para desvendar Teu mistério, descrever Tua glória ou até mesmo dar uma ligeira noção da natureza de Tua Essência. Por mais que essas tentativas realizem, não podem esperar jamais transcender os limites que foram impostos ás Tuas criaturas, desde que esses esforços são ativados pelo Teu decreto e gerados de Tua invenção. Os mais sublimes sentimentos que os mais santos dos santos podem expressar em louvor a Ti e a mais profunda sabedoria que os homens de maior erudição podem pronunciar em seus esforços por compreender a Tua natureza, giram todos ao redor daquele Centro que está inteiramente sujeito à Tua soberania, que adora a Tua beleza e se move através do movimento, de Tua Pena. (Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, I)









BIBLIOGRAFIA:
ALCORÃO SAGRADO [1975]. Versão portuguesa diretamente do árabe por Samir El Hayek. São Paulo: Tangará, 1975.
BÍBLIA. New Revised Standard Version. Em inglês: https://www.biblegateway.com/. 12/3/15 BÍBLIA. Tradução de João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida (ARC, 2009). Em:
https://www.biblegateway.com/. 12/3/15
BÍBLIA [2013] Tradução de João Ferreira de Almeida, Século XXI. Terceira edição, 2013,

reimpressão 2017. São Paulo: Vida Nova, 2013.
BAHÁ’U’LLÁH [1977]. Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh. Rio de Janeiro: Ed. Bahá’í do

Brasil,1977.
BOYCE, Mary [1997], editor and translator. Textual Sources for the Study of Zoroastrianism. Chicago: University of Chicago Press, 1997.
BUDA [1980]. The Dhammapada: the path of perfection. Translated from pali with an introduction by Juan Mascaró. New York: Penguin, 1980.
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CAMPBELL, E.S. [1983]. Las Flores de los Altares. Buenos Aires: EBILA, 1983. COOMARASHWAMY, Ananda [1969]. Buddha and the Gospel of Bhuddism. New York: University
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__________________ [1969]. Buddha and the Gospel of Buddhism. New York: University Books, 1969.
DUCHESNE-GUILLEMIN, Jacques [1952], translator. The Hymns of Zarathustra. Translated from the French by Mrs. 
M. Henning. 1st ed. London: John Murray, 1952.
DUKAS H., and Hoffman, B. Albert Einstein — The Human Side. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1981.
GALILEI, Galileu [1988]. Ciência e Fé – Cartas de Galileu Sobre a Questão Religiosa. Tradução de Carlos Arthur R. do Nascimento. Primeira Edição. Rio de Janeiro: Nova Stella, 1988. Coleção Clássicos da Ciência.
JAMMER, Max. Einstein and Religion. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1999.
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THE KORÂN [s.d.] Sales’ Translation [s.d]. Translated into English from the original Arabic by George Sale. With explanatory notes from the most approved commentators. With an introduction by Sir Edward Denison Ross. London: Frederick Warne, s.d.
THE QUR’AN. Fourty + translations. Em inglês: https://www.islamawakened.com/index.php/qur-an/translation-list. 10/12/2018. 




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